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27 e 28 de Setembro

Alfama, Lisboa

TÂNIA OLEIRO

28 DE SETEMBRO

MUSEU DO FADO

O primeiro contacto de Camané com o fado ocorreu um pouco por acaso, quando durante a recuperação de uma maleita infantil se embrenhou na colecção de discos dos pais e descobriu os grandes nomes do fado: Amália Rodrigues, Fernando Maurício, Lucília do Carmo, Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro e Carlos do Carmo… E a herança destes grandes nomes do fado ficou para sempre consigo, forjando a sua própria identidade artística, sempre em diálogo com essa tradição para a qual também viria a dar o seu contributo. Desde esses primeiros contactos com o fado até à vitória no evento Grande Noite do Fado, em 1979, foi um pequeno passo. Na sequência desta participação gravou alguns trabalhos e efetuou diversas apresentações públicas. Esse foi o pontapé de saída para uma carreira fulgurante, com inúmeros prémios, atuações um pouco por todo o mundo, o reconhecimento da crítica, o respeito dos seus pares e, mais importante, o amor do público português. Registos como “Na Linha da Vida” (1998), “Esta Coisa da Alma” (2000) ou “Sempre de Mim” ficaram para a história da sua carreira e da própria história da música popular portuguesa. Mas Camané não descansa à sombra do seu próprio sucesso, como provam os discos mais recentes, exemplos de como consolidar uma linguagem sem nunca perder o entusiasmo por aquilo que é novo: “Infinito Presente” (2015), “Camané – Canta Marceneiro” (2017) ou “Aqui Está-se Sossegado” (2019), em colaboração com Mário Laginha e com o qual ganhou prémios como o Melhor Álbum e Melhor Álbum de Fado nos Prémios Play. O último trabalho, “Horas Vazias”, editado em 2021, mostra que Camané continua a ser um dos especialistas em cantar essa coisa da alma, como provam temas como “Que Flor Se Abre No Peito”. O fadista traz todo esse sentimento ao Palco Caixa na edição deste ano do festival Caixa Alfama.